HARPIA
As lágrimas da Harpia
Escaparam por entre as nuvens,
Banharam as árvores, as rochas
E as asas da Monarca.
As penas da Harpia
viram pirâmides, muralhas e chupetas,
Velaram sonos e eclipses e mentiras,
Tornaram adubos.
Os olhos da Harpia
Beberam sonhos e ruas,
Voaram bebidas e gente,
Perderam o plumo.
As asas da Harpia
Correram o mundo
Os guerreiros e a fome,
Fizeram dor e música.
Os sonhos da Harpia
Construíram catedrais e maçãs
E sapatos e canários e areia.
Cegaram os males.
No pouso da Harpia
O calor da mãe e do berço,
O suor da testa, a festa,
O sonho e o sonho e o sonho.
No voar da Harpia
O primeiro sorriso.
FAUSTO
Não conhecia esse seu lado poeta. Mas é lindo...beijos!!!
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